Não! Não sou poeta, tampouco escritor. Apenas sirvo às palavras, delas sou devoto e delas tiro meu sustento. Sem a poética dos artistas ou a técnica e os enredos dos escritores.
Não me atrevo a titular-me como artesão das palavras, seja em qual modalidade for. Reafirmo: apenas sirvo às palavras. Sou um mero “cavalo”, por assim dizer, dos espíritos verbos e nomes, das almas vírgulas, exclamações e interrogações, dos seres adjetivos, predicados, advérbios e toda forma de manifestação do mundo apalavrado.
Por vezes usado e abusado pelas vogais e consoantes; noutras, abandonado, como o trema relegado. Mas sei que sempre estão ali por perto, escondidas, tal qual o pronome oculto: invisível, mas presente.
Subordinado ou coordenado, estou em qualquer tempo ou conjugação disponível para as letras todas do alfabeto. Mesmo tendo que suportar as manias e extravagâncias de suas gramáticas-personalidades.
Sujeito-me aos caprichos dos acentos, à volubilidade dos pronomes e conjunções, às resoluções resolutas dos pontos. Enfim, à mercê de vocábulos e vícios de linguagem, imerso na riqueza ignorada que surge no milagre da escrita...
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