16 fevereiro 2019

O próprio conselho

Como podem ver, se é que alguém ainda vê as linhas que aqui surgem (eu mesmo já não as via), há muito tempo que não postava nada e essa lacuna meio que reflete o tempo em que fiquei sem escrever… mas sempre dizia, quando o assunto surgia, que os amigos deviam escrever… não com a pretensão de um best seller ou fazer “textão” no face… mas escrever para si, utilizar o papel e a caneta (ou a tela e o teclado) como aliados, como companheiros, como amigos e até terapeutas, como não e por que não dizer?

Mas havia eu mesmo esquecido e deixado de lado essa prática, esse hábito, esse vício…

Havia esquecido como é bom e revelador o tamborilar acelerado dos dedos sobre esses pequenos quadrados pretos de letras brancas sem a necessidade de contar uma história para os outros, ou fazer um relatório, ou escrever uma correspondência profissional… dessa vez a dança que as mãos e dedos fazem e essa sinfonia de 'trics' e 'tracs', como outrora fora, são partes de mim que mostro ao mundo, parte do mundo que se revelam a mim, partes de mim que mostro a mim mesmo…

E nisso me perco e me encontro, nisso as horas passam e eu me torno mais eu… menos o outro, mais ciente de mim e para mim…

Assim, vivo o que digo, e escrevo o que vivo, afinal, sigo meu próprio conselho. Sorte de poucos...

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