02 abril 2008

Corcéis-sentimentos

Não! Não dessa vez!

Já está decidido e eu não vou voltar com a minha escolha! Dessa vez não vou dissimular, não vou ser racional, não vou pensar em nada. Vou viver, vou sentir, vou mostrar, vou gritar e até espernear se for preciso...

Cansei de subjugar minhas emoções às razões, muitas das quais eu mesmo criei para justificar meus medos e incertezas... não quero mais isso! Por um lado demonstra força, afinal subjuguei os indomáveis corcéis chamados sentimentos. Mas, em contrapartida, demonstra fraqueza, medo, descontrole...

Vou soltar as rédeas e deixar-me ser carregado, amarrado na sela de um animal revoltoso que sempre implorou liberdade e que agora a tem e vai fazer o maior uso que puder... sei que ele pode se embrenhar em matas densas com espinhos vindo de todos os lados...

Assim como pode percorrer campos e vales verdejantes, com os raios quentes e iluminados do sol a abençoar os caminhos, aonde por vez ou outra uma chuva quente de verão viesse molhar a terra e fazer as flores se abrirem...

Muitas são as possibilidades, os riscos, os caminhos, as recompensas, os atalhos, os descaminhos, as alegrias, as tristezas, as quedas, as belas paisagens, os aprendizados, os erros, os acertos, enfim...

Mas pelo menos sei que verei muito mais... e muito além do que veria se guiasse o corcel a contragosto por caminhos conhecidos e que julgava seguros...

“Avante!”. Grito aos sentimentos... “a galope desenfreado”, completo em meu coração. Sem rumo certo, sem velocidade ou limitação... nas asas e patas velozes e arredias de meus corcéis-sentimentos eu me lanço como desbravador de mundos...

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