16 fevereiro 2019

Houve um um tempo...


Houve um tempo em que éramos amigos… nesse tempo, nós nos falávamos, sabíamos um sobre o outro… éramos confidentes… mesmo que não houvesse nada para falar, para saber ou mesmo para confidenciar.

Apreciávamos apenas a presença do outro, a energia, o poder olhar nos olhos sem medo e sem vergonha, porque sabíamos que ali, olhando de volta pela janela da alma, estava alguém em que confiávamos, que conhecia um ao outro, que sabia o que se passava só por um sorriso, ou pela falta dele, por um olhar.

Esse tempo passou. Hoje somos “amigos”... mas já não há ligações, não há saídas para botar o papo em dia, não há confissões e já não contamos o que é importante para nós ao outro, já não sei sobre teus planos e nem tenho mais a oportunidade de falar sobre os meus… somos quase como estranhos conhecidos…

Os caminhos que nos separaram eu não sei quais foram… até mesmo porque, conscientemente jamais pegaria tais roteiros, nem sob tortura, por nenhuma quantia, por nenhum tesouro. Mas trilhamos essa rota… O que resta agora é esperar que essas trilhas se encontrem mais à frente… minha parte farei, desbravarei o terreno desconhecido, criando caminhos que me levem de volta ao que outrora era minha melhor amizade, a mais pura, a mais antiga, a mais forte.

O que sei é que nunca deixarei de estar feliz com sua alegria, de sofrer por tuas agonias, nem de celebrar as tuas vitórias, tuas conquistas, muito menos de lembrar de ti e te desejar coisas boas a todo o momento, ou de querer arrancar com a mão as tuas dores, ou de estar aqui para e por ti.

E o que não sabes tu é quanto é amarga e dói a sensação de não sermos mais como naquele tempo e pior a ideia de que nunca voltará a ser….

Não sabes o quanto eu sinto falta de nossa cachaça… ainda assim, um brinde à ti! E que o quanto antes seja um brinde à nós…

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