26 abril 2007

Miudezas...

Conversando com um amigo durante uma das manhãs livres na universidade, foi mencionada uma frase do escritor de "O pequeno príncipe", Antoine de Saint-Exupéry. A frase é: "O essencial é invisível aos olhos" . A citação coroou o pensamento que vinha alimentando nos últimos dias e que resistia em se materializar em palavras. Parecia esperar a deixa.

Em meio ao corre-corre diário, às contas, às dividas, aos horários e compromissos, entre os 'ir' e 'vir' e os afazeres, acabamos esquecendo dos detalhes. Digo detalhes, sim. Mas não no sentido de ser algo que apenas finalize ou que pouco acrescente. Falo no sentido da sutileza, da leveza que essas coisas, os detalhes, têm.

Muitas vezes achamos que será um desperdício de tempo, um mal uso, parar e escutar aquela música que agrada aos ouvidos, com calma, prestando atenção no que ela diz, por que agrada tanto... ou dar uma pausa e saber das últimas novidades que seus amigos têm para contar... ou ainda se dedicar a observar o tempo, sentir a brisa e o sol no rosto, olhar para o céu... prestar atenção nas pessoas que te rodeiam diariamente, com as quais mal se troca um bom dia.. ouvir o coração e dizer 'eu te amo' às pessoas queridas... observar uma flor, sentir-lhe o aroma... rir de si mesmo... agradecer a Deus!

Tudo isso, todas essas miudezas podem até não gerar renda nem aumentar a nota de um trabalho acadêmico, de fato.

Mas são essas miudezas que certamente farão de você uma pessoa melhor, mais calma, mais agradável, que se conhece de maneira mais profunda... são elas que te tornam mais doce, mais humano... torna mais fácil a compreensão do (e pelo) outro.

Os menores detalhes nos gestos, na fala, no vocabulário de uma pessoa podem significar muito mais do que palavras. Se vc consegue captar essas miudezas, você a entende muito melhor... como diz um outro amigo... as vezes pingo é letra.

Jah me perdi no rumo da prosa... mas acho que consegui passar ao menos parte do meu pensamento. E uma dica: Tenha calma, saiba parar e observar as inúmeras, por vezes gritantes, por vezes discretas, miudezas. Seja do ambiente, do tempo ou das pessoas.

Eh isso! Ateh breve!

25 abril 2007

"Não precisa mudar"

Minha intenção era somente postar textos escritos por mim ou por algum amigo, mas hoje faço uma exceção. O texto abaixo, na verdade é a letra de uma música que está no último cd de Ivete Sangalo, o Ao vivo no Maracanã. A canção tem Ivete e Saulo Fernandes e, não não sei por qual motivo, não me sai mais do pensamento... ouço mais do que repetidas vezes a música e não me canso... será que quer me dizer alguma coisa?! rs

Bem, é isso... em breve um novo texto meu deve surgir por aqui... mas enquanto isso, fiquem com "Não precisa mudar":

Não precisa mudar

Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?
Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Saber tudo do seu gosto
Sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada

Se eu sei que no final fica tudo bem
A gente se ajeita na cama pequena
Te faço poema, te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou

Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Deixar tudo do seu gosto
Sem guardar nenhuma mágoa, sem cobrar nada

Se eu sei que no final tudo fica bem
A gente se ajeita na cama pequena
Te faço poema, te cubro de amor

Então você adormece
Meu coração enobrece
E a gente sempre se esquece
De tudo que passou

16 abril 2007

Espera...

Paciência, resignação, calma.. a espera nos testa. Como diz o dicionário, a espera é o ato ou efeito de esperar, um adiamento, mas também emboscada, cilada, assalto. Quando se espera algo ou alguem que jah se conhece, ela se torna mais fácil.

Mas como se conter quando você sabe que algo está por vir, mas não sabe exatamente o que é?! Uma mistura de excitação e medo se faz presente e não te deixam pensar em outras coisas... e você, simplesmente, continua a esperar...

Como não se tem outro remédio, e caso haja, não me indicaram ainda, fico aqui, em meu canto, esperando, paciente... espero a reação da minha ação, espero réplica, quem sabe represália... espero, nada mais...

Espero ancioso e como quem não espera... espero como quem muito deseja, mas que ao mesmo tempo muito teme... espero como uma criança pelo presente prometido, mas com medo que dentro do embrulho esteja um par de meias... espero... espero ouvindo o tic tac das horas, espero no compasso das músicas... espero acompanhado de pensamentos turvos...

Espero... espero... espero... apenas, apreensivo, espero...

12 abril 2007

A alguém especial

Antes de qualquer coisa, agradeço-te, e, sobretudo, a Deus, por ter cruzado o meu caminho e ter trazido tanto amor e dedicação. Depois, peço-te desculpas. Sim, desculpas. Por não ser merecedor de tantos bons sentimentos e não ser capaz de retribuir tudo isso.

Não há culpado. Nem eu, nem você. Pelo menos não de forma direta.

Medos, incertezas, inseguranças, impurezas, barreiras pessoais, psicológicas, buscas por coisas específicas, por particularidades, pequenezas, enfim. Uma gama de sentimentos e barreiras impostas por mim mesmo, pela minha personalidade, minha ignorância, burrice, egoísmo e outras coisas.

Queria poder me entregar de corpo, alma e sentimentos a esse amor, mas estaria de certa forma enganando a ti e a mim. Certamente te traria ainda mais dor e sofrimento, que de maneira alguma mereces.

Amo-te e tenho por ti um carinho enorme. Pelos momentos que passamos juntos, em que conhecemos melhor a nós mesmos e um ao outro, pelo ombro amigo e ouvido atento, pelo olhar apaziguador e amoroso. Por tudo isso e por tantas outras coisas, amo-te, numa grande amizade, que eu quero por perto para ser testemunha das felicidades, com certeza, vindouras e como ajudante em tudo aquilo que estiver ao meu alcance.

Gostaria de te acompanhar a cada passo, como teu namorado, amante, amigo. Gostaria muito sim, mas não posso ser egoísta a esse ponto, não posso me apropriar de sentimentos aos quais não sou merecedor, nem capaz de retribuir da mesma maneira. Não posso te privar de encontrar alguém que realmente te mereça e seja capaz de te amar com a mesma intensidade, dedicação, devoção e renúncia com que tu amas.

Não me leve a mal. São características, sentimentos, que, pelo menos por enquanto, não sei como mudar, nem se é possível tal alteração.

Repito: Amo-te, muitíssimo! Como a uma grande amizade, como a uma pessoa linda, digna de admiração.

Te desejo inúmeras felicidades e o encontro de uma pessoa que seja digna de teu amor. Quero-te por perto, se assim for possível.

Peço a Deus que continue iluminando teus caminhos e guiando teus passos e que te preserves abençoado e especial, como te conheci, como és.

Fique bem, se cuide! Estou aqui para tudo que precisares.

Um abraço forte e um beijo doce e carinhoso em teu coração.

09 abril 2007

Vida (complicada) de gente grande

Quando somos pequenos, fatalmente alguém sempre pergunta: “o que vc quer ser quando crescer?”. Inocentes, ingênuos e crédulos de que tudo é bom, falamos uma profissão qualquer que achamos bonita, em que sejamos importantes. A resposta se baseia geralmente em algum parente ou pessoa próxima, ou em alguma outra coisa que se viu em um livro, na televisão ou qualquer outra coisa, mas isso não importa.

O que vale mesmo é que ninguém nos diz a respeito das contas, dos horários, dos compromissos, das noites sem dormir por estar fazendo uma ou outra atividade, dos sentimentos sujos, atitudes sórdidas, pessoas mesquinhas. Não nos falam da filas dos bancos, das vezes em que não se almoça porque não da tempo, da correria e das preocupações do dia-a-dia, enfim.

Hoje, se pudesse voltar no tempo e responder a essa pergunta, talvez respondesse: “quando eu crescer, só quero continuar a ser criança”. Aí teria apenas algumas fúteis preocupações, que aos meus olhos infantis seriam como grandes mistérios do universo. Do tipo: “será que vou ganhar ‘aquele’ presente” ou “quando é que vão me levar ao parque de diversões ou ao zoológico” e ainda “será que minha mãe comprou os doces que pedi?” e outras preocupações do gênero.

Mas, não sei se reparou, minha resposta TALVEZ fosse a de ser uma eterno criança...

Do mesmo modo que não nos falam das coisas ruins, também não nos contam das coisas boas, e olha que são muitas.

Para bem iniciar, não te falam sobre os beijos apaixonados que podem ser trocados pelos adultos, ou as noites de SS (como diria uma amiga Chocolate). Não nos contam sobre as festas com os amigos, as mais variadas. Não nos falam sobre as loucuras maravilhosas da faculdade, nem das viagens de fim de semana ou para congressos, Não sabemos o gosto bom do vinho...

Não nos falam que não precisaremos (pelo menos na teoria) depender de ninguém, nem esperar por ninguém para ter e fazer o que queremos. Não nos falam da emoção e da responsabilidade de ver alguém crescendo, mesmo que não seja filho seu.

Enfim, não nos dizem muitas coisas. Mas de que adiantaria dizer se nada pode impedir o tempo de passar e a gente de crescer!? Para que contar, se o melhor é descobrir, experimentar?! Como contar, se o que acontece a mim pode não acontecer a você?!

No fim de tudo isso, acho mesmo que o melhor é crescer, mas sem criança deixar de ser!

05 abril 2007

Amigos (ingratos) distantes...

As vezes penso que melhor seria não ter amigos. Pode até parecer grosseiro, mesquinho, depressivo, arrogante e mais uma porrada de coisas. Mas é verdade!
Não sei para vocês, mas para mim, meus amigos, amigos mesmo, aqueles confidentes, são como irmãos. Os meus amigos, muitas vezes, me conhecem melhor que meus irmãos. Como costumo dizer, meus amigos são os meus "irmãozinhos". Eu os adoto e me preocupo, tenho a necessidade de cuidar, de saber como estão, do que precisam, o que andam fazendo, essas coisas. É chato e possessivo, eu sei, mas EU TENHO CIUME DE MEUS AMIGOS!!! (claro, nada de escandaloso... )

Mas vem a parte chata. Você faz, constroi ali, pedacinho por pedacinho, uma grande amizade. E, quando menos se espera: separados e distantes. Hoje em dia so não se fala quem não quer. É telefone, internet, celular e mais uma porrada de opções, mas mesmo assim o contato vai ficando cada vez mais raro. Novos amigos, novas tarefas e os velhos vão sendo relegados, preteridos, esquecidos. (Sim, estou sendo dramático mesmo!!)

Antes, por uma gripe, você já era informado da situação. Mais isso é quando moravam proximos, estavam mais livres, enfim... (é sério!)

Mas depois de um tempo, as pessoas podem até ser internadas, e você não fica sabendo. E soh sabe dias depois, por acaso, por conhecer os amigos do seu amigo... :[

E agora, por mais que de tudo se queira fazer para pestar auxilio a este amigo, que te esquecera, ele está longe, fora de seu alcance, fora de seu campo de atuação... e o que resta?! apenas migalhas de informações... você continua preocupado e culpado... culpado pela incapacidade de ajudar, de estar mais perto, de fazer alguma coisa e nem menos poder demonstrar isso... ... (estranho isso...)

Oh... dá ateh vontade de não ter amigos!!!

03 abril 2007

Madrugadas...

Depois que o deus Sono faz sua ronda e leva os mortais aos braços de Morfeu, me vejo acordado. A contemplar a passagem, ora vagarosa, ora acelerada, das horas da madrugada. Mesmo com a correria que o dia impõe, com o cansaço que inflinge, eu resisto e continuo a gostar dessas horas solitárias da madrugada... seja para uma leitura, para apreciar uma música, para assistir a um filme, arrumar a casa, namorar, a madrugada é o período melhor...

O silêncio se faz presente e soh se faz quebrar pelos galos que insistem em anunciar um novo dia, como se o estivessem a chamar, apressando-lhe a vinda. A madrugada, por vezes, parece te destacar no tempo... as vezes te sugere ser você o dono do mundo...

Mas vem logo o raiar do dia, com suas horas cada vez mais curtas, com os passos mais acelerados, com as imposições de rotina, horários, obrigações... o dia é um chato! Trazido por Apolo em sua carruagem incandescente, o dia também se faz caçador... diante a sua eminente chegada, a maioria dos sonhos cessam... há os reticentes... mas são poucos (e excluidos!)

Escravagista. Esse poderia ser uma das caracteristicas atribuidas ao dia... exatamente... somos em grande maioria escravos desses momentos iluminados... uma servidão voluntária de muitos, vale ressaltar... mas escravos das regras diurnas...

E, embora eu tente manter a minha rebelião particular pela madrugada, meu feitor me espreita por todos os cantos... com chicote, faz meu corpo implorar por rendição... mas minha mente não quer se entregar... tento achar argumentos, proposições, compensações... mas nada adianta.
Ao final dessa guerra particular, minha mente se deixa vencer e percebe mais uma vez que não há como fugir de uma verdade: é impossivel desobedecer ao sono, e ao seu senhor, o dia. Caso se vença a batalha de uma noite, o castigo virá na manhã seguinte. O dia nasce e estamos subordinados novamente a suas regras e ditames, e nada podemos fazer.
O feitor fiel ao dia, o sono, está em nosso encalço.

02 abril 2007

Um primeiro contato...

Não sei ao certo qual o motivo de estar criando um blog. Jah tentei isso algumas vezes antes e nunca dava certo, acabava por abandonar... espero que com esse seja diferente!

Não sou muito de falar de mim, pelo menos não diretamente... mas não sou difícil. Disparo sinais de como estou a todo o tempo. Quem convive comigo sabe, pode ateh não entender o que estou tentando demonstrar, mas sabem...

Para uma primeira postagem eu não tenho muito o que dizer... mas não posso deixar de falar que essa iniciativa foi inspirada em um grande amigo... (em breve coloco o blog dele por aqui) Os textos que ele escreve são muito bons. Tudo simples, direto, mas carregado com uma emoção que ateh mesmo fere aos desavisados... Quando eu crescer, quero ser um pouquinho que como ele... uma pessoa admirável!

Aos que me visitarem, sejam muito bem vindos... e deixem seus comentários...

Muito sucesso a todos!

Quais dores você carrega?

Há um ditado que diz que só quem sente a dor é que sabe como dói. Concordo. Cada um tem uma experiência,uma bagagem, um modo de ver e sent...