tag:blogger.com,1999:blog-3344326435130254322024-03-08T12:31:49.286-03:00Ao dispor de brisas e tempestades...P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.comBlogger94125tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-59083791588898479162019-02-18T00:32:00.002-03:002019-02-18T00:34:10.151-03:00Quais dores você carrega?Há um ditado que diz que só quem sente a dor é que sabe como dói. Concordo.<br />
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Cada um tem uma experiência,uma bagagem, um modo de ver e sentir e viver a vida. Não cabe a ninguém dizer, sobre o sofrer do outro, o que é certo ou errado, que alguém está sentindo demais ou reagindo erroneamente... embora todos façamos isso todo o tempo, fato.<br />
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As dores que carrego são minhas, de mais ninguém. Só eu sei o quanto sofro por um coração partido, seja eu o ferido ou o algoz. Só eu sei o peso de minhas escolhas e o peso de não tê-las feito. Só eu sei o que me custa os sonhos postergados, os projetos adiados, os desejos reprimidos e o que me custa ir atrás e realizá-los.<br />
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Como diz a música, “só eu sei as esquinas por que passei, só eu sei”.<br />
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Aí, podem me perguntar “<i>e por que está sofrendo agora</i>?”, “<i>Qual o motivo desse texto</i>?” <br />
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Sem muito pensar <span style="color: #999999; font-size: x-small;">[até porque não estou nesta vida para buscar motivos para chorar]</span>, respondo que não sofro. Não há mágoas em meu meu ser, não há arrependimentos, não há dores. Há saudades, há vontades, há esperança, há aquilo que não faria novamente, mas não há dor. <br />
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E não tenho vergonha disso. Da mesma maneira que me é permitido sofrer, me permito não fazê-lo. Poderia me queixar de um amor perdido, de uma traição, de um caso do passado, de uma plano frustrado, de um desejo não realizado, de um sonho roubado, da grama do vizinho, da chuva que molha, do sol que brilha. Poderia tecer ladainhas sobre qualquer coisa, lamuriar sobre qualquer copo de leite derramado, ainda que já estivesse azedo. <br />
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Mas não, hoje me recuso a dar valor às dores: prefiro alegrias, a beleza de um olhar, de um sorriso, da chuva que me faz atolar na lama, do sol a aquecer os dias e do calor a me tirar o sono nas noites, das pessoas que sairão da minha vida, mas se estão saindo é porque entraram e, no mínimo, me ensinaram alguma coisa, é o que se espera. Prefiro a beleza de viver e deixar viver.<br />
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Assim, respondendo à questão que dá título a esse meu devaneio, digo que carrego muitas dores, sei de quase todas,até porque existem as dores que ainda não se nomearam, contudo não as trago como estandarte… levo-as comigo como quem carrega um papel de bala, esperando o próximo lixo para se livrar dele… <br />
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<i>“e por que não se livra logo desse lixo, então?</i>” É feio jogar o lixo no chão, ou ao vento… além de que suas dores são suas e não devem ser jogadas no caminho de ninguém. P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-68985745876928339142019-02-16T01:07:00.000-03:002019-02-17T20:52:36.739-03:00O próprio conselhoComo podem ver, se é que alguém ainda vê as linhas que aqui surgem (eu mesmo já não as via), há muito tempo que não postava nada e essa lacuna meio que reflete o tempo em que fiquei sem escrever… mas sempre dizia, quando o assunto surgia, que os amigos deviam escrever… não com a pretensão de um <i>best seller</i> ou fazer “textão” no <i>face</i>… mas escrever para si, utilizar o papel e a caneta (ou a tela e o teclado) como aliados, como companheiros, como amigos e até terapeutas, como não e por que não dizer?<br />
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Mas havia eu mesmo esquecido e deixado de lado essa prática, esse hábito, esse vício… <br />
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Havia esquecido como é bom e revelador o tamborilar acelerado dos dedos sobre esses pequenos quadrados pretos de letras brancas sem a necessidade de contar uma história para os outros, ou fazer um relatório, ou escrever uma correspondência profissional… dessa vez a dança que as mãos e dedos fazem e essa sinfonia de 'trics' e 'tracs', como outrora fora, são partes de mim que mostro ao mundo, parte do mundo que se revelam a mim, partes de mim que mostro a mim mesmo…<br />
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E nisso me perco e me encontro, nisso as horas passam e eu me torno mais eu… menos o outro, mais ciente de mim e para mim…<br />
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Assim, vivo o que digo, e escrevo o que vivo, afinal, sigo meu próprio conselho. Sorte de poucos...P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-49456707384384870092019-02-16T00:27:00.002-03:002019-02-16T00:48:48.685-03:00Houve um um tempo...<br />Houve um tempo em que éramos amigos… nesse tempo, nós nos falávamos, sabíamos um sobre o outro… éramos confidentes… mesmo que não houvesse nada para falar, para saber ou mesmo para confidenciar.<br /><br />Apreciávamos apenas a presença do outro, a energia, o poder olhar nos olhos sem medo e sem vergonha, porque sabíamos que ali, olhando de volta pela janela da alma, estava alguém em que confiávamos, que conhecia um ao outro, que sabia o que se passava só por um sorriso, ou pela falta dele, por um olhar.<br /><br />Esse tempo passou. Hoje somos “amigos”... mas já não há ligações, não há saídas para botar o papo em dia, não há confissões e já não contamos o que é importante para nós ao outro, já não sei sobre teus planos e nem tenho mais a oportunidade de falar sobre os meus… somos quase como estranhos conhecidos…<br /><br />Os caminhos que nos separaram eu não sei quais foram… até mesmo porque, conscientemente jamais pegaria tais roteiros, nem sob tortura, por nenhuma quantia, por nenhum tesouro. Mas trilhamos essa rota… O que resta agora é esperar que essas trilhas se encontrem mais à frente… minha parte farei, desbravarei o terreno desconhecido, criando caminhos que me levem de volta ao que outrora era minha melhor amizade, a mais pura, a mais antiga, a mais forte.<br /><br />O que sei é que nunca deixarei de estar feliz com sua alegria, de sofrer por tuas agonias, nem de celebrar as tuas vitórias, tuas conquistas, muito menos de lembrar de ti e te desejar coisas boas a todo o momento, ou de querer arrancar com a mão as tuas dores, ou de estar aqui para e por ti. <br /><br />E o que não sabes tu é quanto é amarga e dói a sensação de não sermos mais como naquele tempo e pior a ideia de que nunca voltará a ser….<br /><br />Não sabes o quanto eu sinto falta de nossa cachaça… ainda assim, um brinde à ti! E que o quanto antes seja um brinde à nós…P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-84477898999396942222011-12-30T01:02:00.000-02:002011-12-30T01:03:12.865-02:00Chuva de fim de anoO ano se vai e, já chegando os últimos dias, uma chuva de verão, tímida, mas presente e constante, nos presenteia com a limpeza que só as águas que vêm do céu têm o poder de executar... Uma chuva anunciada pelo vento, que trazia consigo o cheiro bom do eucalipto, curador, energizante e purificador<p>Que com essas águas que escorrem e tudo lavam, sejam levadas todas as energias negativas que porventura se estabeleceram ou se fizeram presentes em 2011, e que ela, a chuva, chova mansinho, pingando graças e bênçãos em nossas vidas e nossos destinos... <p>Que as amizades sejam fortes e verdadeiras, os amores puros e quentes (em todos os sentidos bons), que os trabalhos sejam edificantes e produtivos, que o dinheiro venha suficiente até para certos luxos e que não se acabe num piscar de olhos. <p>Que o sucesso se estabeleça em cada dia, fruto de nosso esforço e planejamento, temperados com a sorte de uma benção divina.<p>Que a alegria seja constante e que, pelo menos uma vez ao dia, possamos rir de fundo d'alma e fazer alguém rir conosco. Que sejamos verdadeiros com quem nos cerca, sobretudo conosco mesmo. Que os aprendizados não sejam duros demais, e que o crescimento não seja baseado em perdas.<p>Que sejam dias bons e que tenhamos amigos e família ao nosso lado, sempre e em cada dia... eh uma das grandes bênçãos que se pode ter na vida! <p>Feliz 2012!P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-51996117945521403422011-07-20T23:32:00.001-03:002011-07-20T23:32:53.415-03:00Pra que um 'dia do amigo'?!Com tantos dias, pelo menos 365 no ano, que precisamos de amigos, porque escolher um em específico para homenageá-los, para lembrar que existem e que são importantes para nós!? Tah, um pouco exagerado o discurso, talvez... Mas é a verdade. <p>Sempre deixamos para fazer depois ou esquecemos de dizer o quanto as pessoas são importantes em nossas vidas, o quanto são boas em determinadas coisas. Passamos muito tempo pensando em nós mesmos e no que temos que fazer.<p>Deixamos de abrir um sorriso, de dar um abraço despretensioso, de simplesmente ligar para dar um 'oi'. Temos medo de dizer que amamos as pessoas que nos são caras, com as quais nos importamos. <p>Porém, agradeçamos pela existência desse dia. Talvez uma data criada para aquecer o comércio, talvez para soar bonitinho, não sei. Mas é nessa data que podemos e lembramos de dizer a todos que nos agüentam e nos fazem bem, que nos dizem a verdade, por mais que doa, que estão conosco nos bons e maus momentos, que as vezes estão distantes mas sempre presentes, e mesmo os ausentes que estão sempre na memória e no coração... Enfim, a data que podemos e lembramos de dizer a todos eles e tantos outros tipos de amigos que eles são importantes e que fazem diferença em nossas vidas.<p>Então, viva o dia do amigo! E que a gente possa levar essa energia para todos os outros dias do ano, lembrando sempre aos irmãos que escolhemos o quanto eles são importantes para nós.<p>E aos meus amigos, em especial, do passado, do presente e do futuro, deixo um grande, mas grande mesmo, O B R I G A D O ! ! !<p>Sou feliz por tê-los em minha vida! Contem sempre comigo!P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-70092139424581735702011-07-18T01:04:00.002-03:002011-07-18T15:34:32.809-03:00Ah, a correriaHoje em dia a maioria das pessoas tem vidas corridas, dias cheios e muita coisa na agenda e na cabeça. Falta horas no dia... Trabalho, estudo, atividade extra, vida social, problemas (próprios e de outros), e tanta coisa para fazer...<p>Então há os finais de semana. E você planeja fazer mais mil e uma coisas para as quais não houve tempo durante a semana. Nisso se inclui desde ver os amigos, atualizar o blog, assistir aquele filme até arrumar a casa.</p><p>Na maioria dos casos se consegue cumprir uns 80% dos planos, um ótima resultado. Mas há aqueles finais de semana que você não consegue fazer nada, simplesmente nada. E fica largado na cama durante todo ele. </p><p>E não se pode mentir... Fazer nada é muito bom de vez em quando. Mesmo não produzindo ou organizando coisas e projetos, é ótimo dar um descanso para a mente e para o corpo.</p><p>E mesmo que comece aquele sentimento de inutilidade de fim de domingo e início de segunda, valeu a pena o ócio. E o que não foi feito no fim de semana fica para a próxima ou intercalada nas milhares de coisas da semana. O que e um pouco mais de correria e agitação?! </p><p>O que importa eh que pôde descansar e aproveitar um pouco dos amigos e do ócio, da preguiça e do merecido descanso...</p><p>Será só comigo que isso acontece ou todos temos esses finais de semana?! </p><p></p><p></p>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-50731279194710010702011-07-02T22:32:00.000-03:002011-07-02T22:33:26.351-03:00Vá em pazNunca estamos preparados para a morte, principalmente quando ela vem de forma brutal, na forma de um assassínio. É doloroso demais saber que aquela pessoa que você encontrava sempre, por menor que fosse a proximidade, teve a vida interrompida brutalmente por alguém por motivos reles, torpes, sombrios... afinal, não há motivo que justifique um assassínio.<br /><br />Por vezes, para ‘justificar’ ou explicar p ato, surgem teorias esdrúxulas sobre a vítima e que contradizem toda a história de vida que ela construiu durante os anos em que esteve neste mundo. Mas as manifestações dos amigos, familiares e colegas, quando a vida foi gozada de maneira correta e harmoniosa, sobrepujam a boataria e mostram a grandeza do ser que partiu.<br /><br />Não há o que fazer para ressuscitá-lo e o que se pode fazer é orar para que, onde quer que esteja, o espírito da pessoa esteja em paz. Por aqui, no plano terreno, os amigos vão em busca da identificação dos culpados e a punição dos mesmos, nos rigores das leis dos homens. E que não se descanse enquanto isso não acontecer.<br /><br />Siga em paz, Leandro Neres! Siga em paz... Deixe as saudades e o desejo de tê-lo conhecido mais.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-79348386302458667482011-06-26T15:04:00.000-03:002011-06-26T15:06:59.577-03:00Que entrem a luz e os novos ares!Nossa! Quanto tempo não venho aqui!?<br />As teias de aranha já estão tomando conta do lugar...<br /><br />Bem, deixa eu abrir as janelas, limpar a poeira e deixar a luz entrar.<br />Acho que vou cultivar um jardim ali na frente.<br />Dar um colorido, um perfume, atrair borboletas e colibris.<br /><br />Um lugar que está ao dispor de brisas e tempestades não pode ficar fechado e escuro por tanto tempo, é preciso fazer o ar circular, remexer com os papeis sobre a mesa e sacudir as roupas no varal, movimentar, renovar... deixar que as nuvens dancem ao ritmo da dança dos ventos... mesmo que as vezes elas tenham que escurecer e trovejar...<br /><br />Que sejam bem vindos novamente os ventos, e que eles sigam pelos caminhos mais claros e surpreendentes!<br /><br />Vamos com ele nessa viagem! E que as palavras me acompanhem!<br /><br /><span style="font-style: italic;">P.S.: Novo layout, nova música e a vontade de mais frequencia! XD</span>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-89165371975190144592010-08-30T22:49:00.000-03:002010-08-30T22:50:26.432-03:00Aniversário de profissão: Jornalista!E lá se vão dois anos de formado! Pois é, o tempo passa rápido e rasteiro. Há dois anos estava eu cheio de inseguranças, anseios, vontades, esperanças e preocupações com a nova fase. Havia me tornado um Bacharel em Comunicação, um Comunicólogo, um Jornalista!<br /><br />Hoje sou um pós-graduando, já trabalhei em campanha política, em rádio, em agência de publicidade, assessoria de comunicação... Aprendizados, alegrias, tristezas, reconhecimentos e frustrações.<br /><br />Aqueles sentimentos todos de recém-formado, não se enganem, estão aqui comigo, me acompanham em meus dias e noites, nos trabalhos que faço, nas propostas que recebo, nos convites e oportunidades que espero.<br /><br />Minha profissão, que tanto amo, prezo e respeito, não é tão bem vista e perdeu algumas batalhas. Hoje, qualquer um pode se dizer um meu colega, um jornalista. Concorrência estranha e surreal no mercado de trabalho. De que valeram as técnicas e teorias que tanto discuti na academia? As aulas de sociologia, filosofia, legislação e tantas outras? De que adiantaram quatro anos de preparação e tantas leituras e pesquisas durante esse tempo e depois?<br /><br />Poderia dizer que nada significaram, mas não é verdade. Por causa disso tudo, sou um PROFISSIONAL DA COMUNICAÇÃO, capaz de qualquer empreitada na área, de pesquisar os processos comunicacionais, de entender e ajudar a construir a sociedade pelo que se comunica e pelo modo que se faz isso. Sou capaz de questionar o mérito de uma comunicação e ver os fatos de maneira crítica, e além do que é dito, repassar os acontecimentos com o objetivo único de informar, sem obedecer cegamente a uma ordem do patrocínio.<br /><br />Sou consciente de meu papel profissional e cidadão na sociedade em que vivo e compartilho com os meus pares.<br /><br />Podem dizer que nada disso é por conta da passagem por uma faculdade, mas quem diz isso ou não viveu aquilo que a universidade proporciona ou sequer por ela passou. Claro que por trás de tudo isso há o ser humano, passível de falhas e incompletudes.<br /><br />Já ouvi por aí comparações incabíveis com a profissão jornalismo, que a misturavam com medicina ou engenharias. Não gosto e não aprovo. São outros quinhentos, como se diz.<br /><br />Mas trago outras: será que curiosos e pessoas sem uma formação acadêmica poderiam desenvolver bem o Direito, a Psicologia, a Pedagogia, a Geografia, a Agronomia, a Contabilidade, a Biologia, a Administração, a Educação Física e tantas outras profissões que estão aí no mercado?<br /><br />Muito pouco provável, a não ser por alguns autodidatas extraordinários, se muito.<br /><br />Mas... deixemos as lamentações e questionamentos para momentos mais adequados. Por hora, é momento de comemoração. Ergo minha cabeça, encho o peito e digo em alto e bom som: “Sou Jornalista, por paixão e formação!”. Que venham mais e mais aniversários e que a vida nos dê a oportunidade de sempre continuar nessa área tão fascinante, delicada e multifacetada que é a comunicação!P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-87179893801655638412010-08-21T14:29:00.000-03:002010-08-21T14:31:26.414-03:00InspiraçõesÉ intrigante como nos deixamos levar e nos impressionar por aquilo que vemos, lemos e ouvimos. Não tenho certeza se acontece com todos, creio que sim, mas já vivi coisas assim e fui testemunha também desse tipo de acontecimento.<br /><br />A música e a literatura são ótimos para despertar essas coisas, uma certa influência, uma inspiração, para um sentimento ou para a forma que se expressa. Esses dias mesmo, numa dessas <a href="http://noitenua.blogspot.com/">noites nuas</a>, fui surpreendido por um legítimo fado português, depois de uma narrativa delirante, e me vi quase num estado de suspensão. Queria apaixonar-me como <a href="http://noitenua.blogspot.com/2010/08/este-amor-nao-e-um-rio.html">Estela o fez</a>, sentir o amor sobre o qual a fadista cantava. Uma transmutação instantânea de estado e disposição...<br /><br />Mas há algo ainda mais fascinante: depois de ler os contos de Yuri e outros que encontrei pelo caminho, minha inspiração, se podemos chamar assim, tomou contornos de micro-contos e as idéias estão a pipocar na mente.<br /><br />Não é inveja, não tenho a intenção de copiar nada, nem quero me igualar a ninguém. Mas é inegável que minha escrita ganhou uma nova cor, uma nova possibilidade que nunca havia percebido antes. Não sei quanto tempo irá durar, nem se o “produto” dessa inspiração é de fato bom, consumível, ao menos, mas confesso que estou gostando.<br /><br />Afinal, descobrir-se, redescobrir-se e perceber essas sutilezas, mudanças e nuances é uma deliciosa experiência de todos os dias, uma experiência de vida.<br /><br />Experimentemo-nos e reinventemo-nos, então, sempre e a cada dia!P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-78710546401593230192010-08-18T23:35:00.000-03:002010-08-20T00:49:03.379-03:00A comemoraçãoCom um beijo apaixonado. Assim começou a noite daquela mulher exuberante, com cheiro de pimenta doce. O beijo de sua namorada. Ela a esperava num bar movimentado no centro da cidade, e estava tão ansiosa pelo reencontro que não percebeu os olhares de desejo e curiosidade que lhe eram lançados.<br /><br />Só lhe interessava ver a amada depois de uma semana atribulada em que apenas se falaram pelo telefone. Ambas eram bem sucedidas e tinham uma rotina apertada por conta das profissões e compromissos.<br /><br />Aquela noite seria a comemoração do primeiro ano que completavam juntas. Depois da chegada de sua companheira e um beijo intenso, em público mesmo, que chocou um e outro desavisado e despertou desejos nos mais libidinosos, partiram as duas para a comemoração.<br /><br />A programação começaria com uma peça musical que estava em cartaz, não esses musicais adolescentes: uma história de amor, traição e reencontros. Dali, partiriam para um jantar romântico, intimista, no mesmo restaurante em que foram pouco menos de um ano atrás, quando estavam se conhecendo. Um encontro com os amigos para compartilharem a felicidade e, por fim, uma noite de amor no melhor hotel da cidade, onde o apartamento já as esperava com pétalas de rosas pelo chão e sobre a cama, champanhe, vinhos, queijos, chocolates e outros pequenos pecados culinários escolhidos com capricho... que nunca seriam degustados por elas.<br /><br />Ao saírem do bar, poucos passos felizes pela calçada e um carro foi ao encontro das duas. Tão rápido tudo aconteceu, e mais rápida ainda foi a fuga. Sem placa, pistas, motivos...<br /><br />E a noite terminava assim: sem comemorações.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-3882301852665212712010-08-16T10:43:00.001-03:002010-08-18T23:55:33.422-03:00Balé no céuE numa dessas noites de agosto, chamado por muitos de mês do desgosto, fiquei no sereno à esperar de ver a chuva de meteoros, aquela tal aparentada de Perseu..<br /><br />Talvez meus olhos míopes, mesmo com óculos, não tenham sido capazes de ver tais corpos celestes, ou, quem sabe, eles se esconderam de mim atrás das edificações que ladeiam meu pequeno quintal. Ainda há o ofuscamento que as luzes da cidade causam ao céu urbano... vá saber... Talvez eu até os tenha visto, mas não os tenha enxergado...<br /><br />Contudo, a noite não foi em vão... enxerguei um espetáculo belíssimo que talvez ninguém mais tenha notado: um balé de estrelas estáticas e nuvens inquietas pelo vento e suas brisas...<br /><br />Lá longe, no alto do céu, as estrelas brincavam de esconde-esconde e pega-pega com as nuvens amarelas pelas luzes da cidade... Parecia haver música embalando e ensinando passos, ritmos e piruetas!<br /><br />Um espetáculo sem igual, que poucos, se alguém além de mim, já prestigiaram e reconheceram a beleza...<br /><br />Mesmo sem a tal chuva de meteoros, sei que presenciei espetáculo sem igual... e sou feliz por isso... e agora que escrevo, um pensamento me martela os botões e o uso para terminar essa escrita:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Nas coisas mais simples e corriqueiras é que se encontra a verdadeira beleza.</span>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-70111005920124522972010-08-13T02:15:00.000-03:002010-08-20T00:49:03.379-03:00O apaixonadoOlhou para ela sem pudor, sem disfarces.<br /><br />Era ela, aquela mulher, o objeto maior de seu desejo. Ele tinha certeza que aquela era a criatura pela qual esteve esperando por todos esses anos, e lá se iam mais de três décadas, para não dizer quase quatro.<br /><br />Quantas noites ébrias afogando as mágoas por ainda não ter aparecido tal anjo em sua vida, quantas tentativas erradas e frustrantes, quantas desilusões.<br /><br />Mas agora era diferente. Ele acreditava nisso, sentia isso. Aquela mulher era especial, seria ela a rainha de seus dias. Aquela luz, aquela beleza, uma áurea de mulher fatal e os olhos de menina inocente... contradições, mistérios... um convite para mergulho em alma profunda, com riscos de não mais emergir. Mas ele estava disposto a todos os riscos, todas as apostas.<br /><br />Aquela mulher seria sua, a qualquer custo. E lá foi ele em busca de seu tesouro precioso em forma de mulher.<br /><br />Poucos passos... já sentia o seu perfume de pimenta doce, exótico... quis curtir um pouco mais a sensação, pensar em qual seria a melhor maneira de chegar à tal vislumbre de mulher...<br /><br />Tudo decidido, passo firme, atitude confiante, sorriso no rosto e...<br /><br />“Peraí! Que porra é essa?!”<br /><br />Um sonho destruído... era isso! Antes que ele pudesse dizer um “Oi” à sua mais nova amada, algo inesperado paralisou o pobre homem... Um beijo, ardente, mas com um carinho que só as namoradas sabem demonstrar, entre ela, a amada, e outra mulher...<br /><br />Foi duro para o eterno Pierrot sem Colombina, e ele parou de pensar no amor... Pelo menos até a manhã seguinte, quando se viu mais uma vez apaixonado por uma desconhecida que atravessava a rua frente ao seu trabalho.<br /><br />E assim seguia seus dias, apaixonando-se e reapaixonando-se a cada e todo dia...P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-81844665809539007062010-08-09T23:30:00.000-03:002010-08-18T23:56:06.175-03:00Pretérito perfeitoEntorpecido pelo sono de uma noite não dormida,<br />me pego pensando no passado, nos beijos de despedida,<br />nas palavras de amor e ódio que (não) foram ditas<br />e até mesmo nas coisas há muito esquecidas.<br /><br />Um misto de saudade, nostalgia...<br />Vontade de sentir as mesmas alegrias.<br />Recordo dos momentos de empolgação, de euforia<br />Quando festas e comemorações eram o que mais se via.<br /><br />Esse tempo passou, deixou lições e memórias...<br />No coração, as amizades; na mente, as histórias!<br />E espero que seja a base para um futuro de glórias,<br />que todos, lá na frente, protagonizemos vitórias<br /><br />O desejo de voltar no tempo permanecerá,<br />mesmo sabendo que o futuro incerto virá.<br />As lembranças e amigos, faço questão de guardar,<br />para sempre que precisar, poder voltar.<br /><br />Voltar ao tempo e lugar em que era feliz e sabia disso.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-67042556659043979092010-08-08T12:02:00.000-03:002010-08-18T23:55:48.027-03:00Caminho das letrasQuais são os caminhos para a escrita?<br /><br />Conversava com um amigo, meu irmão, e disse que precisava retomá-la, a minha escrita, ou me abrir para ela novamente.<br /><br />Já não tenho certeza qual é o caminho mais correto para essa relação.<br /><br />Sou eu, ou a figura do escritor ou de quem quer escrever, que deve buscar um estado criativo, de inspiração? Ou o contrário: as palavras é que têm de vir ao nosso encontro?<br /><br />Por vezes sou tomado por uma enxurrada de letras, rimas e prosas que não há outra solução senão extravasar no papel. Noutras tantas, parece que busco expressar algo que não sei e as palavras vêm em meu auxílio, atendendo a um pedido meu.<br /><br />Não sei qual é a dinâmica real dessa relação, o fato é que sinto falta dessa atividade, a escrita, a poesia, a prosa que lançava um colorido mais que especial em minhas horas madrugadas e no dia a dia de uma rotina gris.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-88883036675678516282010-08-05T23:33:00.001-03:002010-08-18T23:56:16.181-03:00umapausanotempoparacontemplaropassado<p>E de repente, quando menos se espera, uma imagem o remete para um passado nem tão distante assim no tempo, mas com uma carga de sentimentos e um peso tão grande que faz parecer ter o mundo parado e você envelhecido décadas sem perceber.</p><p><br />Por que as coisas têm que ser assim tão passageiras? Por que mudamos tanto e deixamos passar os pequenos e verdadeiros sorrisos, por que não insistimos, buscamos, guerreamos por esses momentos de felicidade delirante... de descoberta, de vontade... de amizade e cumplicidade...</p><p><br />Por que deixamos de ser crianças? De enxergar o mundo e as pessoas como elas o fazem...<br /></p><p>Ah, doces ilusões e divagações... não há o que escrever mais para o momento, retiro-me, junto com as reminiscências de minha memória e a vontade de ver o mundo com mais cores e risos...<br /> </p>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-48513543733719960492010-05-30T13:17:00.001-03:002010-05-30T13:37:16.302-03:00Amor que sobra ou que falta?<div style="text-align: left;">Eu me pergunto que tipo de amor é esse que faz as pessoas cometerem loucuras. Será que isso é mesmo amor?<br /><br />O que leva uma pessoa a querer tirar a própria vida sob o pretexto de amar?! Para mim, isto é algo que não consigo racionalizar, se é que possa ser feito.<br /><br />Partilhar alegrias e tristezas, comungar de momentos de entrega e prazer, construir algo juntos... tudo isso é fantástico e faz com que queiramos viver em prol do outro, para a nossa própria felicidade, faz com que queiramos, de todas as maneiras, proteger quem amamos e ajudá-lo a ser feliz, a conquistar seu espaço.<br /><br />Só que por algo inexplicável, para algumas pessoas, quando se encerra um relacionamento, o mundo desaba de tal forma e a dor da ‘perda’ é tão grande que eles não enxergam outra maneira de sair dessa situação, a não ser parar de viver, literalmente.<br /><br />Será amor demais ou amor-próprio de menos?<br /><br />Fico com a segunda opção. Quando não nos aceitamos ou amamos, acabamos por delegar esta função a outros: reconhecer e precisar de nossa existência. Se essa relação acaba, já não existimos nem temos razão para isso.<br /><br />E diante deste tipo de situação, creio, com mais intensidade, que o amor mais importante é o amor-próprio.<br /><br />É por causa dele que somos capazes de nos reconhecermos enquanto pessoa, é ele que vai permitir que nos conheçamos, que saibamos nossos limites e que mudemos quando for necessário. E o mais importante, que consigamos viver por nossa própria conta e risco, sabendo que mesmo num relacionamento intenso e interdependente, há duas existências. São duas pessoas partilhando suas vidas, duas vidas construindo uma história, e não uma vida única e inseparável.<br /><br />Tudo que existe, inexoravelmente, pode ter um dia vir a acabar. Mas nós não precisamos ou devemos morrer também. Por mais que se tenha vivido, há ainda muito a se viver, muitas pessoas hão de passar por nossas vidas e muitas lições hão de ser aprendidas.<br /><br />Pode ser uma visão irreal e utópica a que eu proponho e acredito e posso eu mesmo me contradizer logo ali a frente. Quem controla o futuro obscuro, não é mesmo?<br /><br />Em resumo, creio que todos devem viver em prol daqueles a quem querem bem, mas sem nunca se esquecer de viver e realizar coisas em prol de si mesmos.<br /><br />O amor próprio é que nos possibilitar amar verdadeiramente à outra pessoa, afinal, como podemos gostar de alguém se não temos esse sentimento por nós mesmo...?!<br /><br />Fica aí um assunto para se pensar...<br /><br />Até a próxima!<br /><br /></div>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-1519005431050030542010-05-23T22:44:00.001-03:002010-05-23T22:45:47.993-03:00Se entregueNão tenha medo das palavras, menina<br />Elas não são tuas inimigas<br />Pelo contrário, te convidam pra uma ciranda<br />Ciranda de roda, sentimentos, sentidos<br /><br />Deixe que a caneta vagueie pelo caderno<br />Que os dedos dancem sobre o teclado<br />Deixe ao comando da emoção<br />Derrame teu sentir nas linhas e pixels<br /><br />Deixa-te conhecer por meio das palavras<br />Seja você mesma por entre as entrelinhas<br />Grite ao mundo teus versos mudos<br />Dê forma ao teu martírio, teu delírio<br /><br />Não goste ou desgoste, apenas sinta<br />Se houver sentimento e verdade<br />Será belo, mesmo que cruel<br />Será intenso, mesmo que sutil<br /><br />Poesia é libertação<br />Exercício de conhecimento<br />Vontade de expressão<br />Liberdade de alma<br /><br />Mas não se acanhes se fores da prosa<br />Conte teus causos, medos e inseguranças<br />Dê-nos vontades e questionamentos<br />Brinde-nos com tua alma transbordante<br /><br />Nessa dança entre vogais e consoantes<br />Siga o ritmo que mais agrada teu coração<br />Que mais aquieta tua mente, não importa...<br />O primeiro passo é se entregar.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-20321542519232049012010-05-22T00:49:00.000-03:002010-05-22T00:51:21.540-03:00Etéreos momentosDe todos os corpos que pude tocar e que me tocaram, sem dúvidas, o teu foi o que mais me desnorteou os sentidos. Já não era eu, e sim um teu servo, ao simples dispor de teus caprichos.<br /><br />Já não mais controlava meu corpo, pois ele pertencia só a ti e só às tuas vontades reagia. Havia uma corrente de excitação e desejo que unia nossos delírios de prazer.<br /><br />Um estava completo no outro e só isso bastava para que nossa exaustão fosse um pleno sinal de alegria.<br /><br />Sem forças, mas realizados... uma aura de carinho, cuidado, desejo e satisfação misturava os nossos suores.<br /><br />Aromas diversos e deliciosos preenchiam o ambiente e suas formas e contornos me hipnotizavam. E a vontade de que aquele momento paralisasse como estava e que nada mais existisse para atrapalhar.<br /><br />Uma visão que nem merecia ser realidade... e, de fato, não era.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-39940766568046744832010-05-13T01:23:00.003-03:002010-05-13T01:43:00.826-03:00Retomando o leme!<span style="font-style: italic; color: rgb(153, 153, 153);">[Mesmo não aparecendo muito por aqui nos últimos tempos, ainda tenho escrito algumas coisas em meus cadernos aqui nas horas madrugadas... e este texto surgiu há umas duas ou três semanas... acho que vale a pena postar... e aos pouquinhos vou voltando para cá também, afinal, este é quase meu diário de bordo... enjoy!]</span><br /><br />Às vezes, por circunstâncias que nem nós mesmos entendemos ou gostamos, nos deixamos levar pelos acontecimentos e nos tornamos espectadores de nossas próprias vidas. Passamos a ser um sujeito passivo e os fatos nos enredam e seguimos assim, levados por construções que não são nossas.<br /><br />Mas chega um momento em que nos vemos à deriva, sem saber para onde seremos carregados, ou pior: sabendo que não irá se chegar a lugar algum. Deixei-me guiar algumas vezes nessa minha curta vida, fui fraco, acreditei em quem não era digno de confiança e me entreguei sem muitas ressalvas, por vezes fui preguiçoso e acomodado.<br /><br />Me vendo assim, observo que é hora de retomar algumas coisas e comportamentos e dar um basta em certas situações, que nada agregam ou que me prejudicam. Começo uma fase de retomada de rédeas, destinos e caminhos.<br /><br />Quero, ao final da jornada, ter a certeza e que fui eu quem guiei minha embarcação, eu que domei as velas que se insurgiam contra mim ao sabor das tempestades. Afinal, só teme o escuro quem não sabe o poder da luz, e a luz é o que me norteia, é onde eu quero estar e o que quero ser.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-82122019618298930652010-02-01T22:17:00.001-03:002010-08-18T23:56:34.450-03:00As pessoas e seus antolhos!Às vezes, com algumas pessoas, a vontade que dá e de puxar pela gola da camisa, dar uns dois tapas cruzados e gritar no pé do ouvido: “ACORDA!!!”.<br /><br />E não é por estarem dormindo, no sentido literal. É por estarem sempre tapando o sol com a peneira, fugindo de enfrentar os problemas, se fazendo de vítima das circunstâncias e deixando que oportunidades e coisas importantes escoem pelo ralo.<br /><br />[Não vou mentir que até comigo mesmo dá essa vontade de vez em quando.]<br /><br />O pior é que querem que todos entendam a situação por que elas passam, mas não estão dando a mínina para como os outros agem, pensam ou sentem. Por essas e por outras é que muita gente quebra a cara na vida.<br /><br />Quem tem um sangue mais quente e uma visão mais ampla de como as coisas são, fica dando murro em ponta de faca, tentando fazer com que as pessoas enxerguem que o problema é completamente diferente do que elas acreditam.<br /><br />Mas tem uma hora que a mão tá tão arrebentada que não há mais como esmurrar nem chumaços de algodão. É aí que eles jogam a toalha e desistem dessa batalha inglória.<br /><br />Parece que essas pessoas colocaram antolhos em si mesmos. É! Antolhos. Aquele acessório do cabresto, colocado em cavalos e outros animais que puxam carroças e similares. Serve para que ele só olhe para frente e não enxergue ou se distraia com as coisas que acontecem ao redor.<br /><br />Fazer o que!?<br /><br />Deixem que continuem puxando suas vidas-carroças, com seus antolhos...<br /><br />A vontade de dar uns tapas continua, mas deixa estar... um dia a vida dá!<br /><br />Ou não...P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-30835144842342938442009-09-30T09:47:00.001-03:002010-08-18T23:57:27.615-03:00Ele não está prontoPor algum tempo, segurei a caneta em minha mão e deixei o caderno a minha frente...<br />Mas logo desisti: constatei que nada tinha a escrever.<br /><br />Não.<br />Tinha sim.E tenho!<br /><br />Mas algo que ainda não tomou forma, não sabe como deve ser. Quando chegar o tempo correto, forma, cor e contornos ele terá.<br /><br />Enquanto este momento não chega, esperarei e me resignarei em não escrever. Deixo de lado a caneta e o papel. Mas não fora do alcance de minhas mãos, pois nunca se sabe o que pode surgir nas horas madrugadas, nos dias quentes da primavera ou nas noites estreladas do planalto da conquista.P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-76753876472943277542009-09-25T12:18:00.001-03:002010-08-18T23:56:49.501-03:00Um de ida, três de volta...Como é fácil acusar o outro!<br /><br />Fico assustado, por vezes, em como algumas pessoas têm o dom, a capacidade ou o desplante de acusar e culpar e apontar isso e aquilo nos outros na primeira oportunidade que surge.<br /><br />Nessas horas o conhecimento popular é certeiro: macaco senta no próprio rabo pra falar do rabo alheio.<br /><br />Por vezes incontáveis, vi alguém apontando ou elencando vários defeitos de fulano, beltrano e cicrano. Mas se esse alguém falasse para um espelho não poderia ter feito descrição melhor de si mesmo.<br /><br />Ainda chego a me perguntar se essas pessoas têm consciência das coisas que falam e fazem com tanta propriedade da razão.<br /><br />Não posso dizer que sou livre de fazer julgamentos e criar rótulos para os outros. Mas tento, o máximo possível, deixá-los só para mim.<br /><br />Há que se entender que as pessoas são diferentes, agem de modos particulares e tem uma bagagem que é única, uma experiência de vida exclusiva. Não cabe a mim, nem a ninguém, dizer se fulano é bom ou mal, pelo menos não sem conviver com ele. O que enxerguei como grande defeito, pode ter sido apenas uma distração, um ato inocente, um nada para a conduta e os valores dele.<br /><br />E pode ser mesmo intencional, com intuito calculado por trás de cada gesto e palavra. Mas quem sou eu para julgar os outros? E ainda mais: quem sou eu para querer puni-los, ser a voz da razão?<br /><br />Viva e deixe viver: é a receita!<br /><br />P.S.: Antes de apontar um dedo para o outro, vigie para onde os outros dedos estão indicando...P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-5782634269916238692009-09-24T02:46:00.000-03:002010-08-18T23:57:06.624-03:00Pausa e movimento<em><span style="font-size:85%;">Escritos ao som da música “Toda vez”, de Luiza Possi<br /></span></em><br />Volto ao mesmo lugar de sempre! Ao dispor de brisas e tempestades, como deve ser...<br />Por mais que fique algum tempo sem escrever, não deixo morrer essa chama.<br />É certo que meus escritos são inconstantes, mas por que há de se reclamar!?<br />Não escrevo por obrigação, não aqui. Escrevo por clamor de minh’alma...<br />Ela andava inquieta, não nego... e continua inquieta...<br />Acho que a inquietação é o melhor estado em que se pode estar.<br />Pois na inquietação estamos mais atentos a tudo, capazes de nos deixarmos surpreender<br />Capazes de sermos novamente crianças em dados momentos<br />Capazes de aproveitar melhor cada segundo que vivemos<br />E ansiar pelos próximos mil<br />E remoer todos os milhões que já experimentamos...<br />Deles tiramos lições e aprendizados, ou notamos como fomos patéticos<br />Há aqueles que nos dão saudades, outros queremos esquecer...<br />Mas assim é a vida!<br />Se fosse sempre do jeito que quiséssemos, seria um tédio.<br />Só sei que devemos partir sem pensar na volta e voltar sem fazer planos<br />Assim é mais gostoso e assim vou vivendo!<br />Desfrutando os momentos que são todos meus e só meus... rsP.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-334432643513025432.post-44943752815208381732009-06-15T13:13:00.000-03:002010-08-18T23:57:46.559-03:00[Não ao panis et circensis] Sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalismo.<div style="text-align: justify;">Muito se fala sobre a (não)obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão. O assunto é polêmico e já figurou algumas vezes na pauta das reuniões do Supremo Tribunal Federal, sempre sendo protelada tal discussão e decisão. A próxima data para o julgamento da manutenção ou suspensão da obrigatoriedade é o dia 17 de junho, quarta-feira.<br /><br />A vontade/necessidade de falar sobre esse tema neste espaço surge do interesse direto que tenho, como jornalista graduado, em saber qual rumo essa história vai tomar. No entanto, tentarei deixar o lado jornalístico de escanteio e me colocar como cidadão, como ‘consumidor’ das notícias, como observador da sociedade.<br /><br />Não vou comparar a profissão jornalismo com outras tais como a medicina, arquitetura e tantas mais. Já é um discurso batido e, talvez, sem muita valia. Buscarei ressaltar os motivos pelos quais acredito ser válida a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão e os benefícios que a mesma traz consigo.<br /><br />Primeiramente, jornalismo é muito mais que escrever bem, ter boa voz, aparecer bem no vídeo ou saber se comunicar. É um compromisso com a sociedade, com a liberdade, com a democracia, com a verdade. Podem dizer que isso não se aprende na faculdade. Quem sabe tenham razão, mas é na Academia que se tem os primeiros contatos com esses valores, que se conhece a história, os preceitos, as práticas, os métodos, as conseqüências da atividade jornalística. Claro que a teoria sem a prática não vale por si só. Mas o que seria da prática sem a teoria, sem conhecimento? Seria apenas reprodução, cópia, plágio, ’achismo’, sem crítica, sem objetivo, sem base.<br /><br />Argumentam que um diploma não faz de ninguém um bom jornalista. Em termos, é verdade. Há muitos bons profissionais da comunicação que não têm experiência acadêmica, mas que trazem na bagagem anos e anos de prática em redações. Esses profissionais merecem respeito e são lições. Mas, sem a obrigatoriedade, quantos e quantos oportunistas e apadrinhados políticos, financeiros e econômicos não seriam beneficiados? Já pensaram nisso?<br /><br />As empresas e os empresários da comunicação terão muito mais liberdade para tentar ludibriar o expectador, o receptor de seu conteúdo. Afinal, se eles puderem colocar quem bem entenderem, o que garante que não farão disso uma ferramenta para proveito próprio? Não digo que não haja isso com a obrigatoriedade, mas quem passa quatro anos numa faculdade, geralmente, aprende o valor da profissão e do papel que desempenha na sociedade, de comunicador, de formador de opinião. É certo que há instituições medíocres de ensino, mas, mesmo essas, conseguem despertar um algo crítico em seus estudantes.<br /><br />Puxem pela memória a quantidade de escândalos políticos trazidos à tona por conta de um bom trabalho de jornalismo investigativo, lembrem-se das matérias que mostram uma realidade que muitos tentam camuflar, sobre atuação policial, fraudes no governo, crimes ou graves contravenções praticados por grandes empresas ou pessoas de renome. Mas tudo isso feito por sérios profissionais, embasados na ética da profissão, em métodos, por estudos científicos.<br /><br />Há registro de erros cometidos por jornalistas graduados? Sim, claro! Assim como de erros médicos, arquitetônicos, químicos, de engenharia. Errar é parte da natureza humana, mesmo daqueles seres os mais preparados. Agora, imaginem se a atividade é feita por alguém que não entende ou não foi qualificado para tal, a probabilidade de dar errado é multiplicada inúmeras vezes.<br /><br />Poderia escrever mais 3, 6, 9 mil caracteres a respeito do tema, mas aí ninguém me leria, se é que leram o que escrevi até aqui. Mas acho que já deu pra ter uma boa idéia dos benefícios da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalismo<br /><br />Se tiver algo a comentar, a favor ou contra, lançar outra idéia, apresentar fatos, deixe um comentário. É muito bem vindo neste espaço!<br /><br />E que vença a obrigatoriedade, para que tudo não se torne <span style="font-style: italic;">panis et circensis</span> [no pior dos sentidos]!<br /></div>P.A.http://www.blogger.com/profile/06579563567706330441noreply@blogger.com2