28 fevereiro 2009

Dissecar de palavras

Dissecam-me as palavras
Dizem-me palavras
Secam-me de palavras

Cada minúcia de mim,
Cada vírgula e ponto,
Cada acento e verbo,
Dissecam-me as palavras

Disseco-me a mim também
Por meio das palavras

Com elas me enxugo
Com elas me molho
Com elas me exponho
Com elas me recolho

Palavras secas a vagar
Palavras ditas a ressoar
Palavras escritas a esperar
Palavras várias a apalavrar

Dissecam-me as palavras
Vasculham-me, observam-me, espreitam-me
Sondam cada pedaço de mim...

Mas é sorte que me dissequem as palavras
Pois sem isso minha alma nada diz
Sem isso definho, empalideço
Tal qual planta, sem vida, seco

Continuem, então, a me dissecar, palavras
Eu lhes agradeço

24 fevereiro 2009

Voltei!

Eis que estou de volta, depois de muito tempo sumido entre as tempestades e calmarias da vida.

Não posso dizer que abandonei a poesia, ou que por ela fui abandonado... digamos que foram férias... mas estou de volta... assim como para quase todo o Brasil, o ano só começa depois do Carnaval.

Revigorado, ao som do mar e à luz do céu profundo [é verdade que andou meio nublado, mas agora o sol brilha forte lá no alto], estou de volta com força total!

Algumas linhas forram escritas na ausência, e logo aparecerão por aqui... e outras linhas serão escritas e também virão parar por aqui... por hora, só digo que é bom estar de volta e desejo um ótimo ano para todos... hehehe..

Vamos que vamos, pois a poesia, a música, a vida e o amor não podem parar! Nunca!

Quais dores você carrega?

Há um ditado que diz que só quem sente a dor é que sabe como dói. Concordo. Cada um tem uma experiência,uma bagagem, um modo de ver e sent...